A Decadência da New Joint e a sua positividade

 A Decadência da New Joint e a sua positividade

Diferente de alguns grupos musicais, que com a sua extinção os membros entram em esquecimento e não conseguem uma reinvenção, o colectivo moçambicano New Joint está em decadência ou numa possível extinção, ainda que não anunciada, mas os seus membros têm conseguido ganhar destaque mesmo seguindo carreiras a solo.

Tudo começou com a saída silenciosa do Hot Blaze, e tem sido essa a melhor coisa que podia acontecer ao elenco, levando-nos a conhecer as habilidades e as ambições dos membros na sua singularidade, coisas que poderíamos não sentir/escutar caso o grupo continuasse fervoroso, sem contar que em termos de êxitos contam-se com os dedos (Tu vais lembrar de mim, Dava de tudo para te ter de volta, Number one, Xibeke, A cena é essa cena, Pouco a pouco, Cativa). Lembrando ainda que como grupo, a voz que mais era lembrado é sem dúvida a do Hot Blaze, tanto que quando o mesmo se afasta, o público profetizou um enfraquecimento e ou decadência da New Joint.

Nesta “decadência”, o único que continua fraco é o Dj Low Low, os outros reinventam-se diariamente.

O destaque está para o Hot Blaze, que conta com dois trabalhos discográficos de sucesso, Tesouro, lançado ainda nos tempos fervorosos da New Joint, e No Amor Vale Tudo, que o levaram a ser visto como a promessa e ou futuro do R&B em Moçambique, seguindo o Jay Arghh com o lançamento de Lótus há dois anos, projecto musical que o lança como “artista a solo”, isto porque no Lótus o Jay deu todo o seu ar para que o público percebesse que o “fim” da New Joint apenas marcava o início de uma nova era e que deve ser respeitado a sua voz, ao que recentemente envolveu-se em beefs com o jovem rapper e emergente Kiba The Seven, e nesses passos lançou o seu segundo EP (extend play) intitulado “Yasuke”, onde mostra-se pronto para ser um dos nomes mais importantes na música moçambicana, e lançou recentemente “O Futuro do Rap Moz”, uma plataforma para a divulgação dos trabalhos dos novos talentos do rap nacional.

Em terceiro está o Kamane Kamas que conta com o sucesso musical “Linda demais” e lançou recentemente o seu trabalho discográfico intitulado “Super Herói De Todos Os Tempos”. O destaque está para a aposta na apresentação de um programa televisivo na Tv Sucesso (O Melhor da Tarde) ao lado da Sílvia Martins, que tem por missão impulsionar o entretenimento moçambicano, e como mestre-de-cerimónias intitulando-se o “Mc de todos os tempos” e está na lista dos mais requisitados.

Enfim, um “fim” que abriu espaço para que os membros pudessem revelar aos fãs o que almeja na indústria musical e ou entretenimento em Moçambique.

https://youtu.be/9IRByseaQhY

Johnson Pedro

Jornalista Cultural

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