Nos dias 27 e 28 de Julho, a Federação Moçambicana das Indústrias Culturais e Criativas (FEMICC) realiza a 1ª Conferência Nacional da Economia Criativa, que terá lugar na Galeria, recinto do Porto de Maputo.
Subordinada ao lema “Desafios e oportunidades para fortalecimento da economia criativa em Moçambique”, é, no fundo, um pretexto para a identificação de desafios e propor soluções.
De acordo com Rufus Maculuve, Presidente do FEMICC, citado no comunicado de imprensa enviado à Moz Entretenimento, a ideia passa por se encontrar um interlocutor válido, a partir da visão da sociedade civil, do sector das indústrias culturais e criativas que ainda está bastante enfraquecida e, por isso, precisa unir-se mais, trabalhar e fazer-se ouvir.
“Foi neste espírito que nós propusemos esta plataforma tal e qual existem outras de diálogo entre o sector público e o sector privado; plataformas de diálogo entre os parceiros”, fundamenta Maculuve.
Aliás, esta conferência é o culminar de um processo de preparação muito maior porque existem acções prévias que foram sendo feitas e que culminaram com esta iniciativa.
“Todas as discussões que tem havido muitas vezes não são propostas pelo sector, vêm de outros proponentes e, também, quando há discussões relativas à economia nunca é dado o devido espaço a essa economia que nós sabemos que tende a ser uma das mais dinâmicas a nível global e os dados estatísticos não mentem.”
Esta conferência pretende, entre outras, consciencializar os detentores de interesse sobre os desafios enfrentados no dia-a-dia pelos profissionais deste sector, propondo soluções, “porque não queremos só ser parte do problema, mas, acima de tudo, queremos ser parte da solução e, por esta via, esperamos melhorar o ambiente de negócios e fortalecer a rede de agentes no país porque a nossa rede ainda é bastante fraca se comparada, por exemplo, com outros sectores”, defende.
Maculuve segreda-nos que, em termos do formato, a Conferência Nacional da Economia Criativa estará dividida em secções plenárias e temáticas. As sessões plenárias vão abordar questões transversais a toda a economia: quadro legal, formação profissional, empregabilidade, financiamento, etc. Já as sessões temáticas estarão viradas a, apesar da questão orientadora ser a mesma, identificar desafios e, por esta via, propôr soluções.
A primeira será sobre cinema e audiovisual e multimédia; a segunda será sobre a indústria; a seguir sobre a moda; depois artes cénicas e, também, artes plásticas e artesanato para, no fim, discutir-se a volta da indústria dos eventos.
A organização está ciente de que ainda faltam muitas áreas, mas, como pontapé-de-saída, os sectores supracitados seguem na programação, dado, inclusive, o dinamismo que o sector apresenta.
“Aquelas que não tiverem sido cobertas para esta edição serão cobertas nas edições futuras, casos do livro e do design”, salienta Rufus Maculuve, em conferência de imprensa havida ontem na Galeria do Porto de Maputo.
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