A música é muito mais do que apenas um entretenimento, porque é uma forma de comunicação e também tem o poder de ser uma fonte de renda.
Muitos músicos e muitas bandas a nível internacional usam as suas músicas como suas bases de sustento, mas em Moçambique parece que ainda é um pouco difícil chegar neste nível. Para aprofundar mais esse assunto, a Moz Entretenimento entrevistou, recentemente, DJ Ardiles, um dos músicos mais resilientes na indústria da música moçambicana, que mencionou vários factores positivos e negativos que influenciam na sustentabilidade e na insustentabilidade da música moçambicana, desde os tempos da música “foto” até os dias actuais.
Considerado como venterano no mercado, Ardiles mostrou-se firme nas suas afirmações dando exemplo da forma como era a indústria da música moçambicana nos anos 2005-2008, comparada com agora, e explicando o que é preciso para o país estar noutro nível. Segundo o artista, antigamente, a promoção da música nacional dependia de poucos programas de entretenimento, mas com a evolução da tecnologia, agora, as pessoas têm mais opções e as informações correm rápido, por isso, é preciso muito investimento na área de música na actualidade. Em termos de ganhos, Ardiles disse que é possível viver da música em Moçambique, mas é preciso fazer algo a mais para que a mesma seja sustentável no verdadeiro sentido, seja através de soluções locais e, principalmente trazendo uma grande editora como a Sony Music.
DJ Ardiles disse que o que acontece é que se espalha mais que a música não dá dinheiro em Moçambique, pois os músicos moçambicanos recebem um valor baixo comparado a outros artistas de mercados africanos, do PALOPS, mas dá para ter uma vida digna e realizar sonhos. A título de exemplo, Ardiles disse que, em 2022, completou 20 anos de carreira e a música é a sua principal fonte de renda, tanto que tem dois filhos que está a criar com base na arte.
Veja a entrevista na íntegra a seguir:
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