Vipinno, um actor moçambicano em Hollywood

O actor moçambicano Vipinno é protagonista de “A Máfia do Carvão”, da Hollywood, que estreiou no dia 16 de Maio, nos Cinemas Lusomundo de Maputo Shopping. A Hollywood é uma das maiores indústrias cinematográficas do mundo. Como lá chegou? Ser actor foi um sonho que me acompanhou desde os 5, 7 anos de idade. Não foi possível que isso acontecesse mais cedo, aconteceu agora. Fiz antes um primeiro filme sem curso algum… e depois desse filme decidi que não faria mais nenhum trabalho em Bollywood ou onde quer que seja sem algum tipo de treino. No ano passado fiz um curso de dois meses em Los Angels, nos EUA, e depois tive a oportunidade de fazer este papel no filme “A máfia de carvão”, que correu maravilhosamente bem! O que nos tem a dizer do filme? “A máfia do carvão” é uma das experiências em Bollywood. É um filme feito num período curto. Levou por aí 5, 6 meses, o que não é normal em Bollywood. Normalmente, o período mínimo é de 8 meses. O filme tem uma história realística, mas ao mesmo tempo tem uma componente de entretenimento. Para mim, o que há de interessante neste filme é um bebé de 1 ano que transforma completamente a história de onde existe as minas de carvão. É um espectáculo! Que reacção espera dos moçambicanos em relação ao filme? Espero que o público moçambicano me aceite e que tenha orgulho de ver um moçambicano na indústria gigantesca, a Bollywood. Existem possibilidades de os moçambicanos se aventurarem na Bollywood? Existem sempre possibilidades. Se calhar um ponto difícil será a língua, quem quer trabalhar em Bollywood tem que falar em indi. Há muitos actores russos, brasileiros, a trabalharem para Bollywood. Há espaço para os actores moçambicanos também, com certeza. Temos actores e realizadores moçambicanos capazes de trabalhar em Bollywood ou em outras grandes indústrias cinematográficas do mundo? Creio que sim. Nós temos visto o que tem acontecido no teatro aqui em Moçambique: os actores têm qualidade, têm experiência e são capazes de fazer o coração do público palpitar mais forte.