Acredito que não existe alguém melhor para retratar a sua “biografia” ou história além de você próprio. Foi este pensamento que me levou a lutar com teclados, tentando argumentar sobre o mundo cinematográfico, principalmente na construção de uma ponte activa entre Moçambique e Netflix.
Fundada em 1997, nos Estados Unidos, a Netflix surgiu como um serviço de entrega de DVD pelo correio. Actualmente, a empresa é uma provedora global de filmes e séries de televisão via streaming sediada em Los Gatos, na Califórnia, e com certeza você já assistiu algo com assinatura da plataforma. (Tu-dummmm)
Voltando à questão de “biografia”, tenho visto algumas produções de filmes, séries, stand up, entre outros arquivos importantes produzidos em Moçambique, mas quase sempre sinto a falta de identidade africana. Isto porque os produtores abraçam a tendência estrangeira e acabam por não aguentar com a pedalada, já que os criadores de fora, estão a contar “simplesmente” as suas histórias, ao passo que os moçambicanos procuram adaptação.
Neste sentido, estou confiante no raciocínio de que, se os produtores locais começarem a dar mais atenção aos acontecimentos do nosso dia-a-dia, há chances de Moçambique torna-se numa autoridade africana, enquanto operador da Netflix.
Imagine um filme ou série sobre o curandeirismo no verdadeiro sentido africano, seria mais interessante e arrepiante na grelha da Netflix, uma produção digna de despertar atenção. “Marido da noite”, “Xitique”, “Raíz medicinal”, são alguns temas que podem ser muito bem desenvolvidos e fazer sucesso na diáspora, mas (talvez) voltamos a estaca zero quando se fala de produção e equipamentos de qualidade internacional.
Por isso, pesquisei e descobri que, se você tiver uma ideia, roteiro ou projecto já em desenvolvimento que deseja apresentar à Netflix, entre em contacto com um agente licenciado, produtor, advogado, gerente ou executivo do sector que já tenha um relacionamento estabelecido com a plataforma.
Além disso, existem outros meios tais como vender roteiro à Netflix, entrando em concursos de roteiro. Se inscrever em festivais e rodadas de negócio. Entrar em grupos de Facebook, Whatsapp e Telegram de roteiristas. Às vezes, alguns projectos são buscados por lá.
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