Descubra a Razão do fracasso dos artistas em Moçambique

Por: António Matavele
É bastante comum entre os artistas (os cantores em particular) apresentarem queixas publicamente em relação a falta de valorização dos seus trabalhos por parte do público, assim como queixas por falta de apoio ou patrocínio… Atitudes desta natureza tem contribuído para que a classe artística seja cada vez mais desvalorizada… Os artistas em Moçambique precisam de começar a adoptar uma postura empresarial e igualmente assumir que a sustentabilidade das suas carreiras não depende de caridades e muito menos de doações, mas sim depende do valor a ser obtido com a venda de serviços, onde no contexto da música falamos da venda de CDs, actuações, merchandising, publicidade, daí em diante.
Como vender esses serviços?
Mais uma vez verifica-se a necessidade dos artistas adoptarem uma postura empresarial, qualquer pessoa que deseja iniciar um negócio sabe da necessidade de se fazer algum investimento para que o negócio dê certo, pós é, com o negócio da música não é diferente, entretanto há um porém, assim como em quase todos os negócios é importante definir um plano estratégico para vender e rentabilizar o teu negócio e enquanto não tiver uma forma clara para ganhar dinheiro, um plano definido de vendas não convém fazer nenhum investimento.
Sabe-se que para que o plano de venda não falhe é importante que o serviço seja entregue dentro dos padrões de qualidade desejados e para se prestar um bom serviço é necessário que seja feito um verdadeiro trabalho de equipa, onde os artistas são convidados a estruturar uma equipa de trabalho que se dedique em prol de um mesmo objectivo.
Depois de ter um plano de vendas e ter garantido a qualidade dos serviços, é importante definir o um preço e o mais importante ainda é respeitar o preço definido, isso poderá ajudá-lo a perceber que tipo de parceria vai ao encontro das necessidades do artista como empresa e as parcerias que não reúnem vantagem para o mesmo, pois, um dos problemas que os artistas têm enfrentado são as propostas de parcerias que não trazem muitos benefícios para o artista… Exemplo: Lojas que têm emprestado roupas para os artistas em troca de publicidade e não pagam, por isso, “é a famosa troca de serviços” esse tipo de parceria não contribui para o crescimento do artista, muito pelo contrário e obviamente que no contexto de um artista que se assume como empresa, esse tipo de parceria deixa de ter enquadramento pós fica claro que o artista assim como representante de qualquer empresa, tem salários e contas a pagar, assim sendo o foco e abordagem obrigatoriamente passa a ser outra!
E ainda sobre a definição de preços, um erro muito comum entre os artistas é de pensar que fixar o preço mais baixo do mercado é oque irá atrair mais clientes, entretanto a minha experiência diz-me o contrário: Se o seu trabalho tiver boa qualidade e se os teus preços não forem altos e nem baixos, e forem justos. Você não terá muitos e nem poucos clientes, você terá os clientes certos!
Importa referir que este artigo foi feito com a melhor das intenções e encontro a satisfação na possibilidade de poder estar a ajudar!
Em caso de dúvida consulte: +258 84 46 57 650 António Matavele
1 Comment
Viva Matavele!
Obrigado por ter esta honra de deixar algumas linhas sobre este assunto.
Li o teu texto e numa das passagens mencionaste a ” qualidade”, nas nossas conversas sempre sublinhei a importância de ter um produto acabado de qualidade, a qualidade vende e traz quantidade para fazer funcionar a máquina registadora do cash.
Os músicos devem adoptar este princípio, é como nas vendas. Se obdecer os 4P
1- PRODUCT( qualidade da música)
2-PRICE( boa oferta para os fãs comprarem)
3-PLACE( o ouvinte certo, mercado, lugar… espaço
4- PROMOTION( É preciso fazer um trabalho de divulgação e marketing com estratégia e agressivo do seu trabalho discográfico músical)
Eu uso muito este ” MARKET MIX”.
PS: Qualidade traz quantidade e volume traz cash