Casimiro Nyussi apresenta o bailado “Kwomba Kwa Indico” para celebrar o Dia Internacional da Dança

Casimiro Nyussi apresenta o bailado “Kwomba Kwa Indico” para celebrar o Dia Internacional da Dança

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“Komba kwa Índico”, bailado dirigido por Casimiro Nhussi, será apresentado em Maputo pela Agência de Apoio, Desenvolvimento e Promoção da Cultura Moçambicana (VINA), no Estúdio Auditório da Televisão de Moçambique (TVM), no dia 29 de Abril, Dia Internacional da Dança, fruto de uma parceria entre a VINA, Chitará Produções, Televisão de Moçambique e Rádio Moçambique (RM), e será transmitida em directo nos canais dos principais órgãos públicos de comunicação social do país.

Com quarenta anos de carreira como bailarino, coreógrafo e músico, sempre preocupado em representar as marcas profundas da moçambicanidade e africanidade, Casimiro Nhussi apresenta, desta vez, uma obra que convoca para alegria, perseverança, esperança e confiança no futuro do povo moçambicano.

De acordo com o comunicado de imprensa enviado à Moz Entretenimento, o bailado “Kwomba kwa Índico” expressa o mosaico cultural de Moçambique para os moçambicanos numa mistura entre música, dança, poesia e teatro. A actriz Lucrécia Paco, a escritora Paulina Chiziane, os músicos Muzila, Xixel Langa, Dodó e Stewart Sukuma e o bailarino Lulu Sala são alguns dos artistas convidados.

Os artistas envolvidos cujas disciplinas espelham a diversidade da obra e a exigência interpretativa, são movidos pela vontade de cantar e deixar mensagens de que, como país e povo, há uma riqueza por explorar.

A melhor maneira de descrever este bailado é referir-se a ele comoo canto do povo. É o canto ou o sorriso do povo. Um poema de encorajamento, um poema de reconhecimento dos valores que nós temos.” Afirma Casimiro Nhussi para quem no meio de várias adversidades o povo e o país precisam de energias positivas para seguirem, encontrando na dança o espaço perfeito para expressar esse sentimento.

Este bailado é sobre a importância de levantar moral. De nos apoiarmos, jovens ou velhos, com pensamentos negativos que afirmam que o país está mal. Sim, está mal, não há dúvidas, mas olhemos para os degraus. Porque há coisas boas sobretudo neste momento em que saímos desta pandemia, temos que levantar a moral, a nossa energia para continuarmos a construir o país, porque ele está em construção. Há esses entretantos, mas temos que olhar no lado alegre, positivo que o país tem, não somente tristeza, terrorismo. Temos um lado bom por onde olhar e estarmos orgulhosos.”

Casimiro Nhussi entende que em cerca de dois anos de sacrifícios devido às restrições a que a pandemia submeteu toda a sociedade, mas também olhando para o que se passa no país nos últimos cinco anos, o terrorismo e dificuldades socioeconómicas, mesmo assim o povo soube esforça-se para manter a paz que é essa a esperança que nunca morre.

“Pensamos que apesar de tudo estamos em paz. Apesar de tudo nós somos ricos como país, apesar de tudo o país é belo e é um dos melhores para se viver. Apesar de tudo há alegria, há liberdade. Há esse lado bom.” Concluiu.

Sobre Casimiro Nhussi

Casimiro Nhussi é dançarino, coreógrafo, instrutor de dança e músico profissional. Foi diretor artístico da Companhia Nacional de Canção e Dança. Actualmente, é director artístico e fundador da única companhia africana de dança contemporânea de Winnipeg (Canadá): NAfro Dance Productions.

Como músico, destaca-se com os álbuns “Xakunamata”, “Ho Yala” e “Ximbombo” e foi indicado cinco vezes ao prémio Western Canadian Music.

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